domingo, 11 de outubro de 2009

Jorge Jesus abdicou da ajuda do psicólogo na equipa principal

Interessante esta notícia do DN de 09.10.2009:

Jorge Jesus abdicou do apoio do psicólogo Pedro Almeida aos jogadores da equipa principal do Benfica. Foi assim interrompida uma ligação que durava desde 1994, altura em que aquele clínico chegou ao clube, tendo fundado o gabinete de psicologia desportiva.

Pedro Almeida continua, no entanto, a exercer funções, mas apenas no departamento de formação, acompanhando de perto os jovens futebolistas. Este psicólogo tem sido um elemento de apoio a todos os treinadores que passaram pela Luz, tendo mesmo tido um papel muito importante no apoio ao plantel quando o húngaro Miklós Fehér faleceu em Janeiro de 2004. "Na época passada ele trabalhava pontualmente connosco, mas não em permanência. Sei, por exemplo, que falava com alguns jogadores, mas sempre houve respeito pelo trabalho dele. Nem sabíamos quais os atletas com quem ele falava mais", contou ao nosso jornal Fran Escribá, treinador adjunto de Quique Flores na Luz na época transacta.

Sabe o DN que um dos jogadores que maior acompanhamento teve nos últimos anos foi o jovem central David Luiz. Esta época, o brasileiro tem estado em destaque pelas excelentes exibições, mas também pelos erros que ditaram os quatro golos sofridos pelos encarnados nas sete jornadas já disputadas na Liga portuguesa. Fontes contactadas admitem que estes erros pontuais podem estar relacionados com a falta de acompanhamento prestado ao defesa. "Por vezes ele arrisca em demasia, mais do que o normal para um defesa, mas isso é algo que se pode corrigir", disse a mesma fonte ao DN.

Jorge Silvério, mestre em Psicologia do Desporto, garante que os atletas beneficiam se for feito um acompanhamento para "trabalhar o controlo emocional" durante um jogo e no caso de David Luiz diz mesmo que tem notado evolução no seu comportamento desde que chegou a Portugal. "Esta época ele está bem melhor que no ano passado, provavelmente está a saber aplicar um conjunto de técnicas que lhe foram transmitidas pelo doutor Paulo Almeida", adiantou em conversa com o DN, acrescentando que esse facto irá fazer com que "diminua a possibilidade de cometer erros", embora avise que "é impossível" eliminar as falhas.

No caso do defesa do Benfica, bem como noutros casos, o recurso à psicologia não quer dizer que haja um problema. É essa a opinião de Jorge Silvério, que considera ser esta "uma forma de de-senvolver o controlo da mente" em situações complicadas durante a competição.


Cumprimentos,

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