Durante os dias antecedentes falou-se da altura dos adversários, e o quão poderosos eram no jogo aéreo. Até que alguém se lembrou de dizer que se tivessemos a bola, eles não marcavam.
Esta "disputa de bola" pré-jogo pode ter estado na origem da confusão dos jogadores durante a 1ª parte do jogo, onde parecia que não havia objectividade nem entrosamento. O 1º golo de Portugal resultou de um toque de N. Gomes que, por sorte, foi parar a C. Ronaldo. E as bolas aéreas eram, efectivamente, perdidas (até foi assim que sofremos o golo do empate).
Considero que o intervalo foi o momento decisivo do jogo. Scolari talvez tenha alertado a equipa para o facto de não haver... equipa. Era necessária outra atitude.
Sem dúvida que a palestra fez bem. A equipa entrou com muito mais personalidade e vontade de ganhar. Mais incisiva sobre os movimentos atacantes e decisivos, os jogos chegaram com naturalidade, especialmente o 3º. A concentração estava realmente activada ao ponto de, uma facta na linha defensiva ter dado um golo em apenas 10 segundos - a bola estava parada mas os 3 jogadores que participaram no jogo estavam envolvidos de tal forma... que deu golo! Não é qualquer equipa que marca um golo assim (não pela dificuldade técnica, mas pelo comprometimento pelo jogo até ao último apito).
Curiosamente, com a entrada no "bom gigante", Portugal não perdeu qualquer bola de cabeça para este super-atleta. Porquê? Porque a motivação salta mais que 2 metros...
Bonito o gesto de C. Ronaldo quando referiu o seu contentamento em ter ajudado a Cruz Vermelha ao ter marcado o golo - é mais uma estratégia de motivação!
Segue-se a já desqualificada Suiça. Scolari aproveitará este jogo para dar uma injecção de motivação aos restantes jogadores não tão utilizados neste Euro2008... já a pensar nos resultados do grupo B.
Bem hajam.
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