quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais de 10.000 visitas!

A todos aqueles que seguem este blog... parabéns e obrigado! Chegamos aos 10.000 visitantes!

Aproveito para relembrar a todos aqueles que tiverem vontade de postar algo, por favor, façam-no!

:)

Saudações,

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

VII Congresso Luso-Espanhol de Psicologia do Desporto e do Exercício - Lagoa, Algarve

A Universidade do Algarve (UAlg) vai promover no Carvoeiro, no concelho de Lagoa, o VII Congresso Luso-Espanhol de Psicologia do Desporto e do Exercício, entre 4 e 6 de Novembro.
Trata-se de uma organização com o apoio da International Society of Sport Psychology, que pretende “promover o intercâmbio científico e cultural e a colaboração entre profissionais da psicologia do desporto no contexto ibérico”.
O evento visa também “divulgar o conhecimento no âmbito da psicologia do desporto e fomentar o desenvolvimento da profissão de psicólogo do desporto”.
Ao longo do congresso serão abordados diversos temas, nomeadamente:
  • «A Psicologia do Desporto na perspectiva do Treinador»
  • «Psicologia da Actividade Física na Escola»
  • «Talentos no Desporto»
  • «Tomada de Decisão no Desporto»
  • «Psicologia do Exercício».
A organização deste evento insere-se numa estratégia global de afirmação da Escola Superior de Educação e Comunicação da UAlg, como entidade formadora no âmbito das ciências do desporto.
Os interessados podem consultar o programa e informações adicionais em http://www.ese.ualg.pt/congressopsicologiadesporto/

Não percam!!!

Perguntas e respostas... (para Sérgio Pereira)

Caro Sérgio,


Depois do email enviado, vou tentar responder directamente às questões:

1. Há psicólogos do desporto no terreno?
Primeiro temos de tentar saber o que entende por "terreno".
Se a definição for relativa a um profissional que (no que ao futebol diz respeito) está no treino, ao lado do treinador, com influência directa no funcionamento do treino... sim, há. Mas poucos!
Se "terreno" é fazer parte de uma equipa de trabalho (multidisciplinar), então o número é maior.

2. Porque há?
Há porque já se reconhece a importância de um profissional "especializado em comportamento subjectivo" e os ganhos que daí advêm.

3. Porque não há?
Porque muitos treinadores se acham donos da razão e ainda não se mentalizaram que hoje, ainda para mais com a cientificidade cada vez maior do desporto, não se ganha nada sozinho

4. O que fazem?
Tudo o que se possa imaginar. Desde mediação a ajuda na tomada de decisão, passando por alteração de comportamentos, biofeedback (auto-regulação), visualização mental, psicoterapia (acompanhamento mais clássico do tipo terapêuta-cliente), dinâmicas de grupo, por aí fora...

5. Quais as vantagens?
As vantagens... um treinador não é obrigado (nem estudou para isso) a saber como funciona a mente humana. Um treinador de futebol tem "apenas" que se preocupar em ganhar! E uma equipa é exactamente a divisão de tarefas e responsabilidades! Hoje em dia há treinadores específicos para determinada componente: recuperador físico, massagista, médio, treinador de guarda-redes, treinador de técnica, treinador de táctica... então é aqui que se insere também um psicólogo.
As vantagens, essencialmente, resumem-se: à regulação da ansiedade, à aniquilação de pensamentos negativos, à criação de imagens positivas e de sucesso, ao desenvolvimento e manutenção de um grupo coeso e cooperativo, entre muitas outras...

6. Porque não haverá?
(não entendi esta pergunta...)

7. Como colaboram?
O psicólogo, no treino e no jogo, observa comportamentos que são analisados e posteriormente actua sobre eles. Isto pode acontecer através da figura do treinador ou unicamente entre o psicólogo e o atleta. Como é um trabalho de equipa, a informação dá-se em todos os sentidos (através de reuniões ou conversas informais), tanto entre o treinador e o psicólogo, como o fisioterapeuta e o psicólogo, como o roupeiro e o psicólogo. Numa equipa todos os elementos têm uma palavra a dizer dado que a sensibilidade de cada um é diferente e é um ponto de vista a ter a conta...


Haveria tanto para dizer...

Espero ter ajudado,

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A importância do Futebol Popular (no Concelho de Espinho)

O Futebol Popular está recheado de talentos que por motivos pessoais e/ou profissionais não jogam em clubes federados - não é uma frase feita, é realmente verdade.

É uma competição, muito devido às suas particularidades, que permite que o jogador possa trabalhar (antes) e estar com a família (depois) dos treinos. Os jogos realizam-se relativamente perto, há muita rivalidade e cada vez mais qualidade tanto a nível de jogadores, mas também de equipas técnicas e dirigentes (os clubes federados cada vez têm menos possibilidades de "aliciar" os jogadores, que preferem um clube mais perto de casa)...

Dela fazem parte jogadores e dirigentes com uma mentalidade ganhadora e profissional (ao contrário que se possa pensar), que deixam tudo no treino e que, jogo após jogo, se tornam mais humildes e lutadores!

Por isto, esta competição merece a atenção tanto de alguns clubes (a nível de funcionamento) como de alguns departamentos de prospecção, dada a qualidade de alguns intervenientes! Tal como das instituições locais (públicas e privadas).

O sentido é para ser cada vez melhor!

Competições da AFPCE (Associação Futebol Popular Concelho de Espinho):
     1. Campeonato 1ª Divisão (14 clubes) (Descem 4);
     2. Campeonato 2ª Divisão (13 clubes) (Sobem 4);
     3. Taça Cidade de Espinho (Participam todos os clubes, e é por eliminatórias de uma só mão);
     4. Supertaça de Espinho.
  
Competições da CDVS (Concelho Desportivo da Vila de Silvalde):
     1. Torneio de Silvalde ou Torneio 25 de Abril (Participam os 7 clubes de Silvalde + 1 outro chamado Gulhe que é um grupo de amigos).
  
Competições AFPN (Associação Futebol Popular Norte):
     1. Taça dos Campeões.
 
Boa sorte e Saudações,

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Alguns blogs a seguir...

Boa tarde,

Para quem gosta de boas leituras e pensamentos:

Educação: http://interoceptivo.blogspot.com/
Joga bem, Põe no Chão: http://jogabempoenochao.blogspot.com/
Pirosónico: http://pirosonico.blogspot.com/

Cumprimentos,

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A senda da Psicologia do Desporto

Foi depois de ler um artigo super interessante de António Manuel Fonseca (2001) que resolvi abrir este post. Depois da batalha da qualidade ganha...

Nove anos depois continua válido o artigo, que defendia o seguinte:
- Existência de uma associação científica e/ou profissional reconhecida;
- Metodologia de investigação fiáveis, válidas, diversificadas, complementares e de natureza longitudinal - quantitativas e qualitativas;
- Relação entre psicologia e sociologia (e porque não filosofia? Defendo eu...);
- Psicologia do Desporto vs. Psicologia no Desporto;
- Acreditação: quem faz Psicologia do/no Desporto?;
- Formação dos treinadores e agentes desportivos para extrairem o máximo possível da psicologia (de forma a evitar ruído entre profisisonais - entre os próprios psicológos do desporto como entre as equipas multidisciplinares);
- O primeiro trabalho deve ser feito com as equipas técnicas e depois sim com os atletas.

Retiro ainda deste artigo a seguinte frase: "necessidade dos psicólogos do desporto despirem as suas batas brancas e deixarem os seus laboratórios para se concentrarem em estudar efectivamente a realidade desportiva, desenvolvendo os seus estudos no terreno, por forma a que as suas investigações e consequentes resultados se tornassem ecologicamente válidos e, nessa medida, potencialmente aproveitáveis para o melhoramento do processo de treino desportivo. Caso contrário existiria sempre um abismo entre o labor dos psicólogos do desporto e as necessidades reais e efectivas do desporto".

Acho que ainda me mantém válida esta chamada de atenção... mas de quem será a culpa?

Saudações,

domingo, 7 de fevereiro de 2010

PSICO.Desporto no Facebook

Sempre a inovar, também aqui, em:

https://www.facebook.com/groups/psicologiadodesporto/

Saudações,

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Diálogo interno e visualização mental


Algo que particularmente me aborrece é saber que existem especialistas em "diálogo interno" e outros em "visualização mental". Os chamados psicólogos do desporto. Eu, que sou apenas psicólogo (do ser humano como um todo), sou contra o dualismo cartesiano destes especialistas!
Mas como quem sabe só de psicologia, pouco sabe de psicologia... aqui vai um pouco de psicologia do desporto! Cómico, hã?

O ser humano está constantemente em diálogo interno através dos próprios pensamentos, que podem ser de natureza negativa (dúvida, incapacidade, falta de controlo) ou positiva (ânimo, segurança, eficácia). A literatura científica tem demonstrado que a convicção de executar algo com êxito (expectativas de auto-eficácia) produz um efeito favorável sobre a própria execução. É por este motivo que se devem incentivar os pensamentos positivos, de forma a contribuir para o aumento da confiança no êxito e permitam ao desportista ter uma prestação em condições favoráveis.

Quando a excitação se transforma em ansiedade ou quando uma atitude adequada se desequilibra, o atleta vai cometer erros. Este tende a focalizar imagens de insucesso, inadaptadas e incapacitantes que terão como consequência uma performance inferior. A performance vai ser tão má quanto o atleta recear poder ser. Contudo, os tipos de pensamentos que vão prejudicar (que podem inferir na excitação fisiológica) a performance do atleta (negativismo) podem ser associados a um sistema de reforços positivos (Vasconcelos-Raposo, 1991).

O desportista deve aprender a dialogar de forma positiva e ser capaz de identificar e substituir um qualquer pensamento negativo por pensamentos alternativos positivos. O primeiro passo para que o atleta consiga o controlar os seus pensamentos é estar consciente do discurso interno que mantém. Surpreendentemente, a maioria dos atletas não está consciente dos seus diálogos internos e ainda menos do impacto que estes têm sobre as suas acções (Williams, 1991).

A execução de êxito pode ser programada mediante pensamentos e imagens positivas antes da execução física. As afirmações positivas são manifestações que reflectem atitudes ou pensamentos positivos sobre si mesmo. Estes pensamentos quando utilizados frequentemente promovem a auto-confiança.

Se, para Williams (1991), a chave do controlo cognitivo é o diálogo interno, a frequência e conteúdo dos pensamentos dependem da pessoa e da situação se converte num recurso quando de alguma forma aperfeiçoa a execução da tarefa em causa, não podemos nunca negligenciar o ser humano à luz da experiência que transporta consigo um maior domínio de destrezas, facilitadora do diálogo interno, encurtando-o, tornando-o menos frequente e com mais probabilidade de se centrar em estratégias e sentimentos úteis.

E será com este tipo de aprendizagem cognitiva que se reduz o controlo consciente e se promove a execução automática das habilidades técnicas e físicas. Daí o lema: desde pequenino que se torce o pepino!

Viva os psicólogos na formação!

Bibliografia:
Vasconcelos-Raposo, J. (1991). Manual de definição de objectivos: Natação. Vila Real: UTAD.
Williams, J. M. (1991). Psicologia Aplicada al Deporte. Madrid: Biblioteca Nueva.